Carros devem ter aumento em breve

Retorno do IPI e aumento no aço serão as justificativas, com isso setembro deve ter vendas aquecidas

Andrea Martins

04/09/2009 - 18:38

O retorno gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cuja isenção termina no final de setembro, pode ser repassado para o bolso do consumidor. O presidente da Anfavea, Jackson Schneider destacou durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 4, que o aumento da carga tributária, que a partir de outubro sobe gradualmente até chegar à alíquota cheia, em janeiro, terá impacto nos custos das montadoras. "Quando o IPI caiu, houve repasse para o consumidor. A decisão de elevar os preços ou não depende da estratégia de cada empresa, mas a lógica matemática comercial é de que o impacto pode significar aumento do preço".

Outro ponto preocupante para o setor é a possível elevação no preço do aço, que pode representar 20% nos custos de produção de um veículo. "O aumento do aço preocupa. Há pressão de custos de forma indireta", disse Schneider. Segundo ele, não há sinalização do governo para manutenção do IPI reduzido. "O retorno gradativo do imposto já foi publicado no Diário Oficial, diferentemente de outras vezes", explicou.

Setembro aquecido
Para atender a demanda do mês de setembro, que deve ser forte por conta do retorno gradativo do IPI, a produção de veículos teve alta de 4,4% em agosto, em relação ao mês de julho. O incremento sinaliza a formação de estoques na indústria e concessionárias, na avaliação do presidente da Anfavea. Em agosto, as reservas nas fábricas e revendas chegou a 223 mil veículos, suficiente para 26 dias. Em julho, os estoques eram de 208 mil unidades, equivalente a 22 dias. "Setembro deve vir forte nas vendas. Só recomendo que o consumidor não deixe para última hora sua decisão de compra. Dependendo das características do produto que queria, talvez ele não esteja disponível".

Em relação às vendas de automóveis pelas marcas, a Volkswagen manteve a liderança, com a comercialização de 52.796 carros em agosto - queda de 10,5% em relação a julho. A Fiat vem em segundo, lugar com 51.810 unidades vendidas, número 10,3% menor que o total do mês anterior.

Fonte: http://www.meioemensagem.com.br/novomm/br/conteudo_maiusculo/?Carros_devem_ter_aumento_em_breve